Elton Andrade / Itacaré |
Vieram
me fazer uma pergunta, que entendi como sendo “capciosa”, mas com minha
modéstia respondi sem inserção de ânimos à aqueles a quem me indagava.
Perguntaram sobre a composição da chapa de Antônio de Anísio e a princípio, quero
deixar claro, que o que passo a escrever é meramente uma opinião particular
extraída de uma visão geral sobre a política atual, qualquer leitor tem o livre
pensamento em discordar e fazer suas considerações. Então, vamos lá: digo para
aqueles que buscam a todo custo mostrar força partidária, entendo que nessa atual
conjuntura política e atípica, servirá apenas para perder forças políticas nas
próximas eleições. Sabe aquele pensamento que a hora não é propícia?! Existem
vários fatores na composição de uma chapa que extrapola ao nosso entendimento, ainda
mais no momento em que a sociedade encontra-se diante de uma grande pandemia,
em que somos obrigados por motivos de sobrevivência, a nos enclausurar dentro
de nossas casas. E se tratando da composição da chapa de Antônio de Anísio, o
nome de Genilson soa muito leve nessas alturas da corrida para o pleito
eleitoral por vários motivos.
Vou
discorrer sobre um dos principais: Numa visão holística e sem inferência
unilateral de quem quer que seja, vejo na pessoa de Genilson a
representatividade de uma grande parte da comunidade Itacareense, especialmente
àqueles que não tiveram oportunidade de estudar por motivos externos que não
vou elencar agora, mas que todo mundo sabe que não são poucos. Pelos esforços
pungentes de si mesmo, arvorou cursar uma faculdade em outro município,
utilizando dos meios de transporte já conquistado por outros estudantes e por
ele mesmo, buscando aperfeiçoar seus conhecimentos e vivenciar seus direitos
como cidadão. Genilson representa, o seu José, seu João e Dona Maria, que
vierem a existência por acaso do destino Supremo, sem ter na sua genealogia
ascendentes ou descendentes portadores de grandes fortunas ou mesmo um
pedacinho de terra para plantar e tirar seu sustento e de sua família.
Representa o filho de Dona Maria que não tem em seu sobrenome um legado de uma
figura política que exerceu influência em determinada época. Não tem nenhuma
referência a um ente familiar cuja oportunidade econômica lhe trouxera um
"canudo/diploma" numa sociedade em que a desigualdade social é
extremamente gritante, em que transformam pessoas a um semi-deus portador de
uma inteligência incomum.
Tomando
emprestado a memória dos mais antigos desta cidade, sobre os perfis de quem já
governou Itacaré, digo que: Genilson tem a bravura do Cel. Athaíde Setúbal, as
aventuras de Altino Ramos, a honestidade de Everaldo Lopes, a inquietação de
Edgard Reis, a candura de Roberto Setúbal e o olhar clínico de Dr. Jarbas, nas
questões sociais dos seus munícipes. Enfim, além das qualidades acima
mencionadas e dos seguimentos a quem representa, é de bom alvitre dizer a
intrínseca referência da pessoa de Genilson a história dos negros brasileiros, esquecida
por aqueles que permanecem no topo da pirâmide social por eras, sem se importar
como seus concidadãos, e sem contar com a grande representatividade expressiva
que exerce como símbolo da luta de classes pelos trabalhadores! A permanecia de Genilson como vice na chapa
de Antônio de Anísio, traz para todos nós, sem sombra de dúvidas e sem
ideologia partidária, o equilíbrio equidistantes das forças políticas democráticas
progressivas, representadas em todos os seguimentos sociais das comunidades de
Itacaré, a qual vem resgatar e quitar dívidas dentro do espectro
social-cultural e econômico buscando assim, minimizar essa distorção ao longo
dos anos!
Texto
de Elton Andrade/ Elton do Fórum. 19/08/2020.