quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Representações dos Povos Originários e direção do Materno-Infantil assinam Plano de Metas e Ações para atenção especializada aos povos originários

Mais um importante passo foi dado hoje (16) pela manhã para que o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, se torne, em breve, a primeira unidade hospitalar da Bahia e a segunda do Brasil a oferecer serviços do programa de atenção especializada para os povos originários. O Plano de Metas e Ações deste programa (IAE-PI) foi assinado pela diretora-geral do HMIJS, enfermeira Domilene Borges, pelo coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI Bahia), Flávio de Jesus Dias e pelo Presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena da Bahia (Condisi), Sérgio Utiarite Bute. Também participou do ato, a enfermeira Jeane Oliveira, diretora do Núcleo de Integração ao Cuidado do HMIJS. Agora o documento segue para análise final da Secretaria Estadual da Saúde e do Ministério da Saúde.

A iniciativa visa avançar na qualificação da prestação do serviço aos Povos Originários da Bahia, respeitando contextos interculturais, cuidados tradicionais e a presença de atividades de educação permanente nas aldeias, dentre outros importantes eixos, conforme previsto em Portaria do Ministério da Saúde. O IAE-PI também vai incrementar acessos a serviços de saúde de média e alta complexidade na rede SUS, garantindo a complementariedade da atenção.

Conforto e tradição

Segundo o documento assinado hoje, as diretrizes gerais que norteiam os objetivos vão desde a melhoria no acesso das populações indígenas ao serviço especializado; adequação da ambiência de acordo com as especificidades culturais; ajuste de dietas hospitalares considerando os hábitos alimentares de cada etnia; acolhimento e humanização das práticas e processos de trabalho dos profissionais em relação aos indígenas e demais usuários do SUS, considerando a vulnerabilidade sociocultural e epidemiológica de alguns grupos. Estão previstos ainda o estabelecimento de fluxo de comunicação entre o serviço especializado e a Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena, por meio das Casas de Saúde Indígena (CASAI) e a qualificação dos profissionais que atuam nos estabelecimentos que prestam assistência aos povos indígenas quanto a temas como interculturalidade.

Tanto Sérgio Bute, que representa o controle social, quanto o cacique Flávio Dias, que é vereador licenciado no município de Euclides da Cunha e representa a gestão do DSEI, elogiaram a estrutura do hospital. Eles visitaram as instalações e asseguraram que o modelo a ser implantado em Ilhéus deve servir como referência e exemplo para todo o Brasil. “Vamos levar o que vocês estão propondo executar para debate em todo o Brasil. É um modelo inovador”, assegurou o cacique.

Atenção e cuidado

Nas últimas semanas a direção do HMIJS tem intensificado ações nas comunidades dos Povos Originários. Direção e técnicos já visitaram as aldeias Itapoã e Acuípe do Meio, dialogaram com os técnicos e enfermeiros do Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia e convidaram lideranças indígenas para uma visita-guiada ao hospital. Esta última ação deve ocorrer nos próximos dias.

O Brasil tem quase 1,7 milhão de indígenas, segundo os dados de 2022 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com 229.103, a Bahia conta com a segunda maior população indígena no país, o que representa 1,62% dos habitantes do estado. No ranking das 50 cidades do Brasil com maior comunidade do grupo étnico, a Bahia ainda conta com Porto Seguro, em 14°, e Ilhéus, 21°, com pouco mais de 12 mil pessoas que vivem tantop na zona urbana quanto na zona rural.

Representatividade

Os Tupinambá estão situados em uma área de 47 mil quilômetros quadrados entre os municípios de Ilhéus, Buerarema e Una, no Território Litoral Sul da Bahia. São 23 aldeias tradicionais e pelo menos 90 por cento desta área ficam localizados no município de Ilhéus. De uma população de 8 mil pessoas aldeiadas, aproximadamente 5 mil são mulheres.

Fonte: Ascom - HMIJS

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Nasce o bebê de número 5 mil do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio

                          

Um ano e oito meses após o Governo do Estado inaugurar o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS) em Ilhéus, a unidade alcançou ontem (09) à noite a marca de 5 mil partos realizados. Samuel nasceu às 21h36min, de parto natural, com 51,5 centímetros e 3,530 Kg. O recém-nascido é o primeiro filho da dona-de-casa Analícia Campos, de 21 anos, e do ajudante de pedreiro Isaac dos Santos. O casal mora na zona rural, no limite entre os municípios de Ilhéus e Uruçuca, no Sargi.

Ao sentir as contrações, a família de Analícia acionou o Samu. Ela elogia a forma acolhedora com que foi recebida pela equipe do Hospital Materno-Infantil. “Não foi só quando cheguei. Mas todo o atendimento feito”, assegura. “Foi uma sensação diferente”, reforça a mãe de Analicia, dona Eulice. A filha dela nasceu em casa e com um ano de vida foi diagnosticada com sendo uma PCD (Pessoa com Deficiência) física.

“Ter Samuel era um sonho. Estou muito feliz com tudo”, resumiu Analícia. Hoje, logo cedo, Samuel e Analícia receberam uma lembrança de boas-vindas da direção do HMIJS, em nome do estado da Bahia, Sesab e Fesf, entidade gestora do hospital em parceria com a Secretaria estadual da

Saúde desde a sua inauguração. Samuel ocupa o alojamento conjunto 13. Colaboradores programam para ainda hoje uma comemoração na porta da unidade para marcar o feito. A diretora-geral do HMIJS, Domilene Borges, afirmou que este número expressivo é fruto da dedicação da equipe, que desde a fundação do hospital, tem por missão dar o melhor tratamento nesse momento tão importante na vida da mãe e do pai”.


Referência

Primeira maternidade 100 por cento SUS da região, o HMIJS já é uma referência no atendimento a obstetrícia e pediatria. O hospital tem 105 leitos de internação, sendo 10 de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo) e 25 de semi-intensiva; capacidade para atender urgências e emergências de toda a região; além de cinco leitos no Centro de Parto Normal Intra-hospitalar. Projetado para atender a oito municípios da região de Ilhéus e mais 12 da região de Valença, o Materno-Infantil fechou ao ano de 2022 com atendimento a 110 municípios, sendo 90 da Bahia e 20 de outras regiões do País.

Serviços

O HMIJS está estruturado para a assistência ao parto de risco, gestação de alto risco, cuidado intensivo e intermediário neonatal e cuidado intensivo e clínico às crianças. O funcionamento é 24 horas, com acesso por demanda espontânea e referenciada, integrada aos pontos de atenção primária. A unidade tem porta aberta de maternidade, leitos de UTI neonatal e semi-intensivo, leitos de canguru e centro de parto normal. Para além disso, a unidade pediátrica consta de 23 leitos e mais 10 leitos de UTI pediátrica, que são 100% regulados.

Além da realização de partos e da internação, o hospital oferta atendimento ambulatorial especializado em pré-natal de alto risco, consultas especializadas em obstetrícia, cardiologia, enfermagem, nutrição e psicologia. A unidade funciona também como um polo de desenvolvimento de ensino, reunindo formação acadêmica, pesquisa e produção de conhecimento científico e tecnológico em saúde.

Novos desafios

No momento a unidade prepara-se para novos desafios. Está em processo de gestação, a implantação de novos serviços, a exemplo de cirurgias pediátricas, tratamento de lábio leporino, ambulatório de Pé Torto congênito e cirurgias ortopédicas. O hospital será, em breve, o primeiro da Bahia e o segundo do Brasil a contar com um programa de atenção especializada para os povos originários. Com a iniciativa, o atendimento ganhará qualificação na prestação do serviço, respeitando contextos interculturais, cuidados tradicionais e a presença de atividades de educação permanente nas aldeias, dentre outros importantes eixos, conforme previsto em Portaria do Ministério da Saúde.

Outra iniciativa em andamento é a implantação do ambulatório para o atendimento especializado à comunidade trans. O HMIJS se soma à Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Teixeira de Freitas, e a Faculdade de Medicina AYFA Itabuna, na cobertura da assistência à saúde da população trans dos territórios do sul, baixo sul e extremo sul da Bahia. Inicialmente a proposta é ofertar consultas especializadas para a hormonizacão, saúde da mulher e do homem trans, obstetrícia, serviço de atenção psicossocial e pré-cirúrgico para transexulização.

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Políticas de Saúde para os Povos Originários atraem primeira residente para o Hospital Materno-Infantil

Formada em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 2021, Laura Fernandes dedica a sua residência, uma espécie de pós-graduação em serviço, no campo da saúde mental. A proposta é durante dois anos da atividade curricular, circular pela rede de atenção psicossocial do Rio de Janeiro e conhecer a sua realidade. No entanto, além dos serviços obrigatórios, a residência lhe permite passar por um estágio externo, onde pode ser escolhido o serviço que quer rodar durante o mês de agosto. É nesse contexto que Laura entra para a história do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus. Ela tornou-se a primeira residente a atuar na unidade, que traz o perfil de hospital-escola.

Durante a graduação, Laura teve grande interesse na saúde materno-infantil. “Todo o processo de gestar, de se tornar mãe, puerpério, saúde mental, sempre interessaram”, explica. Mas ela também trazia uma outra vontade aliada a este interesse: conhecer essa mesma realidade em uma população de mulheres nas aldeias e ver de perto as suas principais dificuldades. Foi pesquisando na internet que ela encontrou reportagens sobre o hospital e o tema e passou a conhecer detalhadamente a proposta do HMIJS de ser, em breve, a primeira maternidade da Bahia a executar um programa de incentivo da atenção especializada para os povos originários do estado. A ideia consiste em dar qualificação na prestação do serviço, respeitando contextos interculturais, cuidados tradicionais e a presença de atividades de educação permanente nas aldeias, conforme previsto em Portaria do Ministério da Saúde. “Fiquei encantada com isso. Muita coisa me chamou a atenção”, assegura.

Esforço

Laura decidiu então manter contato com o hospital, considerando, inclusive, o aspecto de ser a única maternidade 100 por cento SUS do sul da Bahia. Para a diretora Domilene Borges ela explicou qual era a proposta do seu trabalho. No entanto, para ser acolhida pelo hospital era preciso vencer mais uma condição burocrática: ter a aprovação da Escola de Saúde Pública da Bahia, por onde passa a formalização dos estágios nas unidades hospitalares públicas do estado. Ela conseguiu. Laura permanecerá no HMIJS nas próximas três semanas.

Além de atuar no hospital ela irá acompanhar ações implantadas pela direção, a exemplo da roda de conversa em bairros da cidade, o apoio psicológico aos casos de violência contra a mulher, contribuir dando suporte psicológico às mães que amamentam como reforço à campanha do Agosto Dourado e ajudar no desenvolvimento da proposta de implantação de serviços para a comunidade trans. Laura ainda vai visitar, junto com a direção do hospital, aldeias da etnia Tupinambá.

“Vim com a ideia de pensar como é esta articulação da rede. Em apenas um dia já vi que é muita informação. São muitas propostas que vocês estão apresentando. Mas o que mais me chamou a atenção é esse pensamento territorial que a direção traz. Penso que isso é um diferencial e inovador”, afirmou. A ideia de sua participação, segundo Laura, é de conversar e entender o que a população está precisando, o que pode melhorar no serviço. O fato de ser a primeira residente a atuar na unidade é destacado pela profissional. “Feliz de que este momento esteja acontecendo comigo e quando for retornar para o Rio de Janeiro vou poder apresentar o resultado disso tudo. Espero que outros (profissionais) também possam passar por esta experiência”, comentou.

Produção de conhecimento

No perfil de hospital-escola, o HMIJS já trabalha com o internato de 49 estudantes de medicina (UESC, UFSB e FASA) e com estágio para os cursos de Enfermagem (UESC) e Técnico de Enfermagem (Centro Estadual de Biotecnologia e Saúde – CEEP). “Essa articulação da assistência com a educação é fundamental, é uma troca rica devolvendo para a sociedade o que ela paga de imposto”, resume a primeira residente do Materno-Infantil. O HMIJS tem um ano e 8 meses de funcionamento. Foi construído pelo Governo do Estado e desde então é administrado pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS).

Fonte: Ascom - HMIJS

Ari Santos assume secretaria no governo Mário Alexandre

Ari Santos ao lado do governador Jerônimo Rodriguês

A política administrativa da cidade de São Jorge dos Ilhéus ganhou novos ares nesta quinta-feira. O diario oficial do município “cantou” as mudanças e apontou os novos atores da gestão Mário Alexandre/Bebeto Galvão, um dos nomeados foi o empresário Ari Santos.

Competente, qualificado e com experiência na gestão pública e privada, Ari Santos, faz parte dos melhores quadros das fileiras do partido dos trabalhadores (PT) no Sul e extremo sul da Bahia, além de ser uma figura carismática de fino trato com senso de humor sempre aguçado. Em seu currículo acumula cargos importantes no âmbito estadual e municipal em cidades como: Ilhéus,  Itabuna,  Teixeira de Freitas, Eunapolis e Salvador.

Em Ilhéus, foi diretor administrativo e financeiro da Secretaria Municipal de Saúde – (janeiro/2009 – outubro/2010); Secretário municipal de Assistência Social e Trabalho (outubro/2010 – dezembro/2012); Diretor administrativo do Hospital Vida Memorial (março/2020 – novembro /2021); Diretor administrativo e financeiro – Fesf-Sus Hospital Materno-Infantil doutor Joaquim Sampaio (novembro/2021 – setembro /2022).

Agora Secretário de Relacões Institucionais, Ari “chegou, chegando” trazendo consigo qualidade e competência para agregar nas articulações de bastidores do governo Mário Alexandre, inclusive, ele é apontado como o “camisa 10” nas articulações políticas locais com elo no governo do estado e governo federal devido sua longa caminhada como liderança política nos bastidores, sem dúvidas essa assertiva nomeação ajudará o município a superar alguns entraves institucionais. Desejo muito sucesso, na certeza do brilhante trabalho que Ari Santos vai desempenhar.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Práticas de estudantes de enfermagem alertam puérperas sobre como evitar ou agir em caso de acidentes com Rns.

Uma mãe de “primeira viagem” sabe como proceder para socorrer o recém-nascido em caso de um engasgo durante a amamentação? E se ocorrer alguma queimadura, o que fazer? Como deixar esticado o lençol do berço para não causar nenhum perigo de sufocamento durante o sono da criança? Qual a melhor posição para o bebê dormir? Esses e outros esclarecimentos foram feitos por estudantes do 7º semestre de Enfermagem da Universidade de Excelência (UNEX), de Itabuna, ao visitarem ontem à tarde puérperas e familiares que aguardavam alta no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus.

A atividade, uma parceria da universidade com o Núcleo de Educação Permanente do hospital, teve como principal objetivo fazer com que os alunos pudessem interagir com pacientes diante de situações que comumente encontrarão nos hospitais, em uma ação aliada à promoção de saúde vista não apenas com a tratativa da doença mas, sobretudo, da prevenção. “Muitos incidentes podem ser evitados quando se há conhecimento de como agir na hora certa”, alerta o professor da UNEX, Eduardo Oliveira.

Calma e maneira correta

Este sentimento também é de Aline da Conceição, mãe de Ághata. A primeira filha dela nasceu no domingo. “Sempre tive receio de não saber lidar em situações de risco. Na hora a pessoa entra em desespero, nem sabe o que faz, né? Agora entendo que é preciso manter a calma e fazer o melhor e o correto, já que aprendi o que fazer”, afirmou. Ela e Benival, o esposo, ouviram atentamente a um dos grupos de estudantes. O casal é de Morro de São Paulo e retorna nas próximas horas para casa. “Quantas vezes quando não temos informação e erramos ao tentar socorrer”, reconhece Benival.

Uma das palestrantes, a estudante Eduarda Santana visitou pela primeira vez o hospital. “Amei o espaço”, comentou. “Todas as mães deveriam passar por aqui. Pela referência que é. Ajuda as mães num processo que é bonito, mas que, também, pode ser difícil. Era bom que todos os lugares pudessem ter um hospital como esse”, concluiu. O professor Eduardo considera que esta experiência, na prática, é imensurável para os alunos que estão em processo de formação. “Nem sempre eles têm a oportunidade de usufruir de um equipamento de saúde com alta complexidade e que atenda a população com a excelência que é aqui”, elogiou.

Hospital-escola

A diretora-geral do hospital, Domilene Borges, explica que o HMIJS tem sido um importante campo de prática para estudantes de cursos técnicos e superiores da região. Além de visitas-guiadas e realização de práticas observadas por professores e profissionais do hospital, o Materno-Infantil abriga, em regime de internato, 50 graduandos do quinto e sexto anos de medicina, com o objetivo de que estes alunos tenham uma vivência prática em Obstetrícia e Pediatria.

O perfil de hospital-escola é preparatório para o HMIJS dar, em breve, um passo além, que é o de implantação da sua residência médica, quando o profissional está formado e tem o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) de seu estado. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Educação Permanente, enfermeira Ayalla Rodrigues, o projeto de hospital-escola proporciona ao aluno uma formação técnico-científica humanizada, que é o perfil do hospital, e todos ganham com o protagonismo do estudante. “Isso tudo possibilita a consolidação da teoria aprendida em sala de aula disponibilizando um cenário acolhedor. Em contrapartida, o discente atua como protagonista na educação em saúde a beira-leito no trinômio mãe, acompanhante e sociedade”, destaca.

Fonte: Ascom - HMIJS

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Ilhéus: materno-Infantil se consolida como importante campo de prática para estudantes de medicina


Inaugurado em dezembro de 2021, pelo Governo do Estado, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, tem se consolidado como um importante campo de prática para estudantes de medicina das Universidades Estadual de Santa Cruz (UESC), Federal do Sul da Bahia (UFSB) e da Faculdade Santo Agostinho (FASA). No momento, o hospital abriga, em regime de internato, 50 graduandos do quinto e sexto anos destas unidades superiores de educação, com o objetivo de que estes alunos tenham uma vivência prática em Obstetrícia e Pediatria, realizando o atendimento aos pacientes com a supervisão de um médico. Trata-se de uma atividade que funciona como o estágio obrigatório, regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC). Pelo menos 35% do curso de Medicina deve ser dedicado ao internato.

O diretor-médico do HMIJS, Samuel Branco, explica que a Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS), entidade gestora do hospital, é signatária do Contrato de Organização da Ação Pública da Saúde (COAP), um acordo de colaboração firmado entre os entes federativos e as escolas de medicina, no âmbito de uma região de saúde, com o objetivo de organizar e integrar as ações e os serviços de saúde na região, garantindo a integralidade da assistência à população. “Com o perfil de hospital-escola, passamos a contribuir com formação médica qualificada para o nosso território”, assegura a diretora-geral do HMIJS, enfermeira Domilene Borges.

Vivência

Durante o internato o estudante vivencia as principais áreas médicas, sendo uma experiência considerada essencial. O futuro médico passa a absorver, por meio de casos reais, todo o conhecimento teórico adquirido nos primeiros anos da faculdade. “Te confesso. Chego saltitante para o estágio”, revela a estudante da FASA, Luiza Batista de Oliveira, 22 anos, do quinto ano de medicina. Ela é natural de Ilhéus. “Fico admirada com o que vejo. Meu pai é médico também. Conheci o antigo (Hospital) Regional (Luiz Viana Filho) e percebo que o SUS, de fato, funciona aqui neste novo hospital”, elogia. Para Luiza, quando em uma instituição o serviço proposto não funciona as coisas não acontecem, não fluem com naturalidade. “Aqui se aprende e reforça o que aprendemos na teoria. Vir pra cá foi uma preferência, já tinha ouvido falar bem”, completa.


A ilheense Luiza é uma rara exceção. Hoje a maior parte dos estudantes de medicina da região é oriunda de outras regiões do País, em função do processo de nacionalização das universidades. Por isso, de acordo como médico Samuel Branco, ao colocar o serviço como porta de práticas para o internato e para as residências médicas, a instituição proporciona o vínculo destes profissionais, tornando possível a manutenção destes na região.

O diretor-médico também destaca que o perfil de hospital-escola é preparatório para o HMIJS dar, em breve, um passo além, que é o de implantação da suas residências médicas, quando o profissional está formado e tem o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) de seu estado. A residência funciona como uma especialização, realizada em hospital. O médico presta uma prova para entrar no programa, que dura de 2 a 5 anos, dependendo da área escolhida. “Estamos otimistas para isso já que o diálogo está aberto para o surgimento de uma nova residência médica no sul da Bahia e o hospital está se posicionando de forma importante como campo de prática nessa área”, assegura. O diretor médico aproveitou ainda para convidar os residentes em Pediatria, Anestesiologia, Ortopedia Pediátrica, Cirurgia Pediátrica, Ginecologia e Obstetrícia, Radiologia entre outras áreas médicas, e que queiram realizar disciplinas optativas da residência em nosso serviço, que entrem em contato com o hospital.

Fonte: Ascom - HMIJS

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Ilhéus: projeto Doulas Comunitárias está sendo implantado no Hospital Materno-Infantil


O Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, está em fase final de implantação do Projeto “Doulas Comunitárias”. São mulheres que se dispõem a apoiar física e emocionalmente outras mulheres no momento do trabalho de parto, de forma voluntária. A diretora do hospital, Domilene Borges, destaca que algumas pacientes que passaram pela unidade, já vivenciaram esta experiência. Mas destaca que o serviço não pode ser privilégio de poucas, mas sim, um serviço à disposição de todas, uma política pública da instituição.

Geralmente as doulas são mulheres que já passaram pela experiência do parto e da maternidade, tendo uma visão positiva deste evento. Devem possuir capacidade comunicativa e atitude ética e empática para com as pacientes e profissionais do hospital, que fazem todo o acompanhamento clínico da paciente. A palavra “Doula” vem do grego “mulher que serve”. 

Domilene lembra que em setembro de 2022 uma Lei foi aprovada pela Câmara de Vereadores de Ilhéus permitindo a presença de doulas sempre que solicitado pela parturiente nas maternidades, hospitais, casas de parto e demais estabelecimentos de saúde públicos ou contratados pela rede municipal, e demais hospitais da rede privada. Quando implementado, a presença das doulas será permitida durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, bem como nas consultas e exames de pré-natal, informa a diretora.

Fonte: Ascom- HMIJS