Projetado
para atender a população de 20 municípios das regiões de Ilhéus e Valença, no
sul e baixo-sul do estado, respectivamente, o Hospital Materno-Infantil Dr.
Joaquim Sampaio, localizado em Ilhéus, atendeu nestes primeiros seis meses de
funcionamento, completados hoje (07), gestantes, bebês e crianças de 89
municípios da federação, sendo 69 do estado da Bahia e 20 de outros sete
estados brasileiros: Espírito Santo, Pernambuco, Goiás, São Paulo, Minas
Gerais, Tocantins e Maranhão.
Neste
período, foram realizados 1.440 partos e 6.024 atendimentos de obstetrícia e
pediatria. “Os números por si só revelam a importância deste hospital como
referência para as gestações de alto risco na região. E mostram, também, o
resultado de um trabalho que prioriza um acolhimento multidisciplinar e
integral, ao qual buscamos colocar em prática em todas as nossas ações”,
assegura a diretora-geral da instituição, Aline Costa. “A nossa é unir
esforços, construir pontes e promover a aproximação institucional entre o
hospital e as unidades de saúde existentes na região”, completa.
Com
o oferecimento do atendimento neonatal, uma reivindicação antiga da região, o
HMIJS internou, neste período, na UTI Neo 119 bebês, tendo como principais
causas a prematuridade e o baixo peso. Deste total, 75 foram de mães residentes
em Ilhéus e 44 de outros municípios baianos. Todo o projeto do hospital está
baseado na humanização do cuidado, nos direitos da mulher e da criança e na
consolidação do Sistema Único de Saúde, que são princípios da ação de trabalho
da Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS), gestora da unidade que
pertence à Secretaria Estadual de Saúde (SESAB).
Regulação
Portas
abertas para obstetrícia e funcionando no sistema de regulação para a
pediatria, o Hospital Materno-Infantil já aceitou, pelo Sistema Estadual de
Regulação (Surem), a transferência de 506 gestantes, 33 recém-nascidos e 108
crianças de várias regiões do estado, que necessitavam de atendimento
emergencial de alto risco. O hospital já
realizou, por intermédio da triagem neonatal, 5.010 testes, entre os exames de
Olhinho, Orelhinha, Linguinha, Coraçãozinho e Pezinho. Entre intervenções
laboratoriais e de imagens, foram realizados no período 14.823 exames.
Inaugurada
em fevereiro, a Ouvidoria do hospital tem como principal ferramenta a
formalização da voz dos usuários e colaboradores. Do total de 56 atendimentos,
23 foram de elogios, um número considerado significativo e positivo pela
direção. Hoje o Hospital Materno-Infantil conta com 600 colaboradores, sendo
376 celetistas da FESF, 40 da SESAB, 93 terceirizados, 78 Pessoas Jurídicas e
13 jovens integrados ao projeto por intermédio do Programa Primeiro Emprego
(PPE). A FESF é a principal parceira do estado neste programa, oportunizando a
experiência prática de jovens alunos formados em cursos técnicos nas escolas
públicas do estado.

A
diretora Aline Costa lembra que comissões importantes já foram implantadas na
unidade, com destaque para as comissões de Revisão de Prontuário; de Farmácia
Terapêutica e Farmacovigilância; Interna de Inventário Patrimonial; Núcleos de
Segurança do Paciente, Controle de Infecção Hospitalar, de Análise e Prevenção
do Óbito Materno, Neonatal e Infantil; Hospitalar de Epidemiologia; Serviço
Integrado de Atenção à Saúde do Trabalhador; Prontuário Eletrônico; Núcleo de
Educação Permanente; e de Promoção do Aleitamento Materno.
Novos
desafios
De
acordo com Aline Costa, os novos desafios estão centrados na abertura da UTI
Pediátrica, que vai ocorrer em breve. Estão previstos ainda o oferecimento do
serviço de Agência Transfusional; Atenção às Pessoas em Situação de Violência
Sexual, serviço de Atenção Especializada aos Povos Indígenas e um ambulatório
de Planejamento Reprodutivo para Mulheres egressas do HMIJS e, ainda, como
Hospital “Campus de Práticas”. Em parceria com universidades da região, em
especial da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).
Todo
este trabalho da FESF seguirá voltado para a segurança e eficiência no cuidado
com o público materno-infantil do sul da Bahia, atendendo ao que preceitua a
SESAB, contribuindo para a redução das mortes materna, neonatal e infantil no
estado, assegura o diretor-geral da FESF SUS, Ricardo Mendonça. Ele lembra que
este modelo de gestão do HMIJS é uma proposta inovadora e consistente para
avançar no fortalecimento do SUS.
O
hospital tem 105 leitos de internação, sendo 10 de Terapia Intensiva Neonatal
(UTI Neo) e 25 de semi-intensiva; capacidade para atender urgências e
emergências de toda a região; além de cinco leitos no Centro de Parto Normal
Intra-hospitalar. Está estruturado para a assistência ao parto de risco,
gestação de alto risco, cuidado intensivo e intermediário neonatal e cuidado
intensivo e clínico às crianças. O funcionamento é 24 horas, com acesso por
demanda espontânea e referenciada, integrada aos pontos de atenção primária. A
unidade tem leitos de UTI neonatal e semi-intensivo, leitos de canguru e centro
de parto normal. Para além disso, a unidade pediátrica consta de 23 leitos e
mais 10 leitos de UTI pediátrica, que serão 100% regulados. Além da realização
de partos e da internação, o hospital oferta atendimento ambulatorial
especializado em pré-natal de alto risco, consultas especializadas em
obstetrícia, cardiologia, enfermagem, nutrição e psicologia.
“Ainda
temos um grande desafio pela frente”, destaca a diretora-médica Esther Vilela.
“Precisamos evoluir com novas práticas, menos intervencionista e conquistar as
mulheres da região. Isso implica em investimento de todos nós”, assegura. O
diretor administrativo do HMIJS, Ari Santos, destaca que a evolução no setor da
saúde pública no estado perpassa pelos investimentos que têm sido feitos pelo
governo da Bahia, com recursos para recuperação de postos de saúde, construção
de hospitais como o Costa do Cacau e Materno-Infantil, a recente inauguração da
UPA 24 horas e, em breve, a inauguração da Policlínica Regional.
Fonte: ASCOM-HMIJS