Ao som de “Carinhoso”, interpretação do violonista Neilan
Silva, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, abriu
oficialmente na manhã de hoje (04) o “Agosto Dourado”, mês designado pela
Organização Mundial de Saúde para simbolizar a luta pelo incentivo à
amamentação. Com o tema “Apoiar e Educar”, a iniciativa deste ano, de acordo
com a diretora de Enfermagem do HMIJS, Adriana Cardoso, destaca sentimentos
como fortalecimento nas relações, criação de vínculos afetivos e gestos de amor
e de respeito. A cor da campanha faz alusão ao “alimento de ouro” para a saúde
dos bebês.
“A gente cresce à medida que temos um ambiente saudável, onde
se presta uma assistência humanizada aos usuários e às nossas relações
internas”, disse durante a abertura oficial da campanha. Para Adriana, falar de
aleitamento é falar de possibilidades de mudar o mundo. “E uma das formas de
mudar o mundo é através do afeto”, destacou.
Coleta e ordenha
Responsável pelas ações do aleitamento materno no hospital, a enfermeira Brenda Valles explica que o Hospital Materno-Infantil já conta com atividades educativas, eventos nos postos de enfermagem, especialmente nas áreas onde as mulheres e os bebês estão internados. Ela destaca a implantação do processo de coleta e ordenha – manual ou por bomba –, que funciona na unidade, neste primeiro momento, para distribuição interna. A proposta, explica Brenda, é ampliar o programa com a captação de coleta externa e a implantação de um Banco de Leite. “Vamos avançar para receber a demanda da comunidade externa, com avaliação e processamento, com testes de qualidade, para distribuição”, assegura.
Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a
forma de proteção mais econômica e eficaz contra a mortalidade infantil,
protegendo as crianças de diarreias, infecções respiratórias e alergias, entre
outras doenças. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês
sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. E
que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo
amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade. De acordo com o ministério, em
1986, o percentual de crianças brasileiras com menos de 6 meses alimentadas
exclusivamente com leite materno não passava de 3%. Em 2008, já tinha atingido
os 41%. Atualmente, a amamentação exclusiva chega aos 46%. Percentual próximo
aos 50% que a OMS estipulou como meta a ser atingida pelos países até 2025.
Além disso, seis em cada dez (60%) crianças são amamentadas até completar 2
anos de idade.
Programação variada
Uma extensa programação foi elaborada pelo hospital para
ocorrer durante todo o mês. São palestras, debates, oficinas e atividades
temáticas, com exibição de filme sobre a importância do aleitamento materno,
tanto para o bebê quanto para a puérpera.