sexta-feira, 30 de julho de 2021

Salvar vidas foi sempre a marca de Rui Costa

O Brasil inteiro testemunhou o esforço descomunal do governador Rui Costa pra salvar vidas do povo baiano desde o início da pandemia, enquanto Bolsonaro desdenhou o tempo todo da mais grave crise sanitária da história recente: "é uma gripezinha; não sou coveiro; tome Cloroquina; não vou comprar vacinas”, entre outras bobagens que foram repetidas a larga durante a sua sanha genocida. No Nordeste, os governadores instituíram um comitê científico para coordenar as ações de combate à covid, desde o princípio lutaram por vacinas, portanto não há qualquer comparativo entre Governo Estadual e Federal. 

Agora me vem esse ministro João Roma com conversa de que Bolsonaro está enviando vacinas do plano nacional de imunização e Rui Costa não está dando o devido crédito a Bolsonaro. Agradecer pelo quê, Roma?! O Ministério da Saúde exercer a obrigação de enviar vacinas com pelo menos um ano de atraso, distribuir vacinas a conta gotas? Depois de dois anos de negação irrestrita as vacinas e covarde campanhas de fake News contra imunizantes. E o que dizer das milhões de vacinas ofertadas a Bolsonaro e desprezada pelo governo da morte – agora a CPI do Senado revelou o real motivo de tanto atraso na compra dos imunizantes, negociata pra superfaturar enquanto as pessoas morrem em nome da sede de propina.

Na vida João Roma cada um atinge o reconhecimento que lhe é devido. Se mesmo com os tormentos que enfrentamos nesta pandemia estamos prestes a vencer a guerra, Rui Costa credita a vitória a quem sempre esteve ao seu lado, caso de toda equipe de saúde e profissionais da linha de frente no enfrentamento a covid, aos prefeitos (as), e a população em geral que seguiu a orientações do Governo Estadual e não as insanidades do presidente. Nós sabemos muito bem quem sempre esteve ao nosso lado.

A guerra ainda não terminou ministro, quer ser digno de ter vencido uma batalha nesta pandemia, abra a cabeça vazia do Bozo, mandem a ANVISA liberar em definitivo a vacina Sputnik V, e outra, nós já temos os recursos reservados pra aquisição dessa vacina. Termino este texto com um ditado popular: “existe muito engenheiro de obra pronta”. E concluo com a seguinte afirmação: o mundo precisa mais de operários solidários do que de Faraós vaidosos.

Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

segunda-feira, 26 de julho de 2021

No Dia Nacional do Intérprete de Libras, situação dos deficientes auditivos de Ilhéus ganha debate na Câmara

Hoje é o Dia Nacional do Intérprete de Libras. Por iniciativa do vereador Alzimário Belmonte, o Gurita (PSD), a Câmara Municipal de Ilhéus comemorou a data, com a realização de uma Audiência Pública, agora à tarde, no plenário Gilberto Fialho. Dados da Associação dos Surdos de Ilhéus dão conta de que a cidade possui cerca de mil deficientes auditivos. Pelo menos 20 deles, matriculados nas redes municipal e estadual de ensino.

O Estatuto da pessoa com deficiência existe desde 2015. Mas há uma série de direitos quer ainda precisam ser consolidados. A opinião é do promotor de Justiça Pedro Nogueira, que participou da solenidade. “Um deles é o direito dos portadores com deficiência auditiva. Não há, de fato, uma política pública voltada para a efetivação da contratação de profissionais neste município”, lamentou.

“Inclusão social não é favor à pessoa com deficiência. É um direito constitucional”, reforça Leonardo Couto Sales, defensor público, também participante da audiência. “Diante de tanta legislação que temos, não sabemos por que ainda essas políticas públicas de inclusão social ainda não foram implementadas. A população de Ilhéus está cansada da falta de políticas públicas de acessibilidade. Em todos os locais da cidade isso é grave. Nos bairros, pior ainda”, reconhece o defensor público.

Exemplos

Ilda Camile é surda oralizada e a primeira psicóloga com esta limitação formada na Bahia. “Quando descobri meu problema foi um mundo novo, tive crise de identidade. A prática não coincide com a teoria e é frustrante, doloroso. A gente vê exclusão”, relatou. “Através do intérprete de libras nós temos a esperança, eles lutam por nossas causas”, disse aos presentes.

Matilde Menezes nasceu surda. Se comunicando com o público através dos sinais de libra, ela disse que a mãe não desconfiava que ela era uma pessoa surda. “As pessoas falavam e eu sentia uma agonia muito grande. Fui até a sétima série sem me reconhecer nesta questão. Não me reconheci como surda, por que a minha família também não me reconhecia. Eu sofria na escola”, disse no plenário Gilberto Fialho. Ela defendeu a criação de uma Central de Intérprete para facilitar a vida dos deficientes auditivos e trabalhar na promoção de cidadania.

O caso mais recente é com um membro do Conselho Municipal de Saúde. Deficiente auditivo ele não consegue participar dos encontros virtuais do conselho por falta do intérprete de libras nas transmissões. Um procedimento administrativo está tramitando no MP para garantir o seu direito e é um exemplo que evidencia o quanto é importante e um dever do poder público.

Professora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Lucília Lopes lembra que em 2019, um Projeto de Lei que autoriza o Executivo a criar o cargo de interprete de libras, foi aprovado por unanimidade na Câmara. Mas até hoje não foi feito um curso público para a nomeação dos intérpretes. “O cargo ainda não foi criado, o concurso que já é legal não foi feito e a gente segue cobrando uma coisa que já é”, ironiza.

Desde 2011, na Câmara de Vereadores já há a função de interprete de libras. Na UESC, apenas três professores atendem a 22 turmas de todos os cursos da universidade. Como na instância estadual não é instituído concurso público para a função, os professores não são concursados, são contratados.

A professora Aline Oliveira, que representou a secretária municipal de Educação, lembrou que a Seduc é pioneira na contratação de tradutores nos espaços de formação parta estudantes surdos. “Trata-se de um instrumento para que conquistem o seu exercício de cidadania em qualquer esfera social e em condições de igualdade”, destacou. Lorena Cerqueira, professora que atua como intérprete, defendeu concurso público, melhores condições de trabalho e cumprimento do piso salarial para os profissionais. São, para ela, as primeiras medidas que precisam ser adotadas. 

Direto de São Paulo, onde trabalha atualmente, o professor Shalom Rocha, natural de Ilhéus, reconheceu que imaginava que 17 anos depois do início do seu trabalho, estaria diante de uma situação bem diferente. “Imagina fazer parte de um universo que você não consegue trocar informação. Você faz parte do mundo e existe uma ponte que separa você deste mundo. Precisamos dar voz aos surdos. São eles que sentem as dificuldades. A gente acha o que eles precisam, mas a gente não pergunta o que eles precisam”, afirmou.

domingo, 18 de julho de 2021

PSOL lança Bernadete Souza a pré-candidatura a governadora da Bahia

Na plenária virtual de Ilhéus do 7° Congresso do PSOL, que ocorreu no último domingo (18/07), a co-vereadora da Mandata Pretas Por Salvador Laina Crisóstomo em sua fala indica que a candidatura ao governo do Estado da Bahia pelo PSOL seja de uma mulher negra do movimento popular e do interior do estado e propõe o nome de Bernadete Souza.

Bernadete Souza é mulher negra, feminista, assentada da reforma agrária, Yalorixá, ativista do movimento negro, graduada em Letras pela Uneb e Especialista em Educação do Campo e Agroecologia pela USP. Bernadete foi candidata à prefeitura de Ilhéus em 2020 pelo PSOL e em 2018 a co-senadora pelo partido.

"Me sinto honrada em ser reconhecida pela co-veradora Laina, essa atitude demonstra que apresentar o meu nome a pré-candidatura é uma tarefa coletiva, um projeto político de construção de uma ocupação de poder na Bahia de governantes do povo. E isso instaura um próximo período para o PSOL na Bahia, movimento que já acontece em todo o PSOL nacional, que entende a importância de mulheres negras diversas na ocupação dos espaços de poder e da política institucional. É um desafio para nós mulheres negras disputar o governo, em um Estado que tem a Cidade mais negra fora da África. Mas que nunca teve em sua história uma governadora negra" disse Bernadete Souza na referida plenária.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Violência contra a mulher: caso Dj Ivis

Profº Emenson Silva 

A violência contra a mulher é uma das formas mais cruéis e evidente da desigualdade de gênero nesse país. A perpetuação dessa prática criminosa, lamentavelmente encontra espaço na nossa tecitura social, uma vez que pertencemos a uma sociedade que nasceu dentro de uma estrutura patriarcal, profundamente machista, desigual, impregnada em valores sexistas, que diariamente machuca e oprime de todas as formas a construção da identidade feminina, buscando abafar o papel social relevante que elas exercem.

Nesta sociedade, imperam a perversidade e a complexidade das muitas formas de violência, chegando a corromper a subjetividade das mulheres violentadas, suas emoções, seus desejos, pensamentos e sentimentos impedindo que elas tenham ou possam ter um espaço relacional harmônico, amigável, saudável, interpessoal ou social. O abusador de forma esdrúxula e nefasta, age de forma contínua, perigosa e sútil pois são doentes, desequilibrados emocionalmente ao ponto de não perceberem que estão ferindo pessoas, machucando vidas, destruindo projetos e sonhos de uma pessoa. Essa violência era antes considerada invisível diante das diversas situações vivenciadas por mulheres violentadas.

É preciso denunciar essa cultura nítida, clara e transparente do abuso, pois assim ajudaremos a promover a necessária mudança social e comportamental desejada por muitas que sofrem nas suas relações intrafamiliares, onde preferem o silêncio a efetivar denúncia, seja por medo, vergonha ou culpa. Se faz necessário, políticas públicas viáveis que venham a beneficiar de verdade essas mulheres que durante décadas foram obrigadas a sofrerem caladas, sendo violentadas por seus companheiros, país, irmãos, chefes, amigos, colegas de trabalho e desconhecidos.

É preciso dar um basta, nas múltiplas formas como se apresenta a violência contra mulheres tais como: física, psicológica, sexual e patrimonial todas essas maneiras, montam a base da composição de uma sociedade patriarcal e misógina, como reflexo desta, banaliza, marginaliza e inferioriza a condição da mulher a de objeto como fora no passado. Enquanto isso, muitas se silenciam, sofrem, se angustiam, se escondem por não terem sequer o direito de gritar! E assim, passam a conviver amargamente diariamente com as violências nos mais diversos espaços principalmente nos ambientes domésticos longe do olhar vigilante de estranhos, nas relações de trabalho e nas ruas.

Diante de diversas leis existentes como: Lei Maria da Penha (2006), a do feminicídio (2015), a de importunação sexual (2018) cabe questionar: por que a persistência da prática da violência contra a mulher no Brasil? Impunidade? Sensação de insegurança da vítima? Descrédito referente ao amparo do poder público? Medo? Vergonha? Posso afirmar ainda que, diante desses questionamentos, as mulheres violentadas ainda enfrentam o preconceito, já latente e cristalizado no meio social que contribui para um julgamento opressor, excludente, marginalizados, e equivocado do contexto da agressão, chegando a inverter a atribuição da culpa que sempre recai sobre a mulher que sofreu ataques oriundos de relações sociais profundamente tóxicas e agressivas.

Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, é preciso consciência acerca da importância do outro, é preciso empatia, serenidade para reconhecer os sentimentos do outro. É imprescindível a adoção de medidas que efetivamente neutralizem o poder de ação do agressor, buscar a efetivação de projetos socioeducativos que valorizem e protejam as mulheres, tudo isso visando contribuir acabar com o sofrimento e dor de tantas Marias, Pamella, Geanes, Polianas, K.L.P e que estas tenham ao mínimo o direito de não sofrerem em silêncio. Violência contra mulher é crime! Basta!

Texto: Profº Emenson Silva

Coordenador do Curso Gabaritando e do Projeto Social Transformar

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Em Salvador, vereadora Enilda Mendonça cumpre agenda com secretários estaduais e apresenta demandas para Ilhéus

                                           

A vereadora Enilda Mendonça, do Partido dos Trabalhadores (PT), cumpriu nesta semana uma agenda em Salvador, participando de importantes reuniões com secretários estaduais e apresentando demandas para o município de Ilhéus. A agenda da vereadora na capital baiana teve início na terça-feira (06), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde ela esteve reunida com o secretário de Desenvolvimento Rural e deputado federal licenciado, Josias Gomes. Na oportunidade, foi solicitado pela vereadora Enilda a melhoria de estradas que dão acesso aos distritos de Inema e Pimenteira. Também, a vereadora pediu a ampliação do fornecimento de água para as comunidades do Banco do Pedro, Rio do Engenho e Santo Antônio, além da execução do programa Luz Para Todos nas localidades da zona rural. Ainda sobre a questão elétrica, foi requisitado pela parlamentar a extensão da rede no Assentamento Vitória, ao norte do município.

A vereadora Enilda também se reuniu com a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Adélia Pinheiro, ex-reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Neste encontro foram apresentados e debatidos projetos desenvolvidos pela pasta e viabilidade de implementação no município, gerando oportunidades de qualificação profissional e desenvolvimento econômico, além de resgatar a vocação tecnológica de Ilhéus. Uma das principais bandeiras do seu mandato, as políticas públicas para mulheres não ficaram de fora da agenda de Enilda.

A vereadora, que integra a Frente Parlamentar das Mulheres na Câmara de Vereadores de Ilhéus, se reuniu com a Major PM Denice Santiago, fundadora da Ronda Maria da Penha e atual superintendente de prevenção à violência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, para debater a realização do reconhecido programa no município. A proposta, bem aceita por Denice, é que a Ronda seja feita pela Guarda Civil, com apoio da Polícia da Militar, fortalecendo a importância do trabalho destes servidores municipais. Outro encontro imprescindível na agenda da vereadora foi com o secretário de educação, Jerônimo Rodrigues.

Na ocasião, foi discutido o reordenamento da rede estadual de ensino no município de Ilhéus. Assuntos como a situação de servidores do REDA (incluindo os lotados no Colégio Estadual Estado do Ceará, que será extinto) e a construção de novas unidades de ensino estiveram em pauta, composta também por demandas da APPI/APLB Costa do Cacau, onde Enilda é uma das dirigentes, ocupando a função de secretária intermunicipal e representando em os trabalhadores da educação de Ilhéus em diversas tratativas. A agenda da veredora Enilda Mendonça em Salvador, assim como suas atividades parlamentares em Ilhéus, atende ao compromisso do seu mandato de representar os diferentes setores da população ilheuense. A vereadora encerrou com otimismo a série de reuniões e aguarda a concretização dos compromissos firmados. Acompanharam a vereadora em Salvador o presidente municipal do Partido dos Trabalhadores, Ednei Mendonça, e o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia, Everaldo Anunciação.