Medicamento já era indicado para diabetes tipo 2 e agora poderá ser usado para controle de peso em pacientes com IMC elevado
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (9), o uso da tirzepatida – princípio ativo do medicamento Mounjaro – para tratamento de pacientes com obesidade ou sobrepeso no Brasil. Até então, o remédio era autorizado apenas para controle do diabetes tipo 2.
Fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, o Mounjaro foi aprovado com base nos resultados do programa Surmount, que reuniu sete estudos clínicos de fase 3 e envolveu mais de 20 mil participantes em diversos países. Os testes comprovaram eficácia e segurança do medicamento para a perda de peso em pacientes com índice de massa corporal (IMC) a partir de 30, ou de 27 em casos com comorbidades como hipertensão, colesterol alto ou pré-diabetes.
Comercializado desde maio no Brasil, o Mounjaro está disponível em concentrações de 2,5 mg e 5 mg, em forma de caneta injetável de dose única. A medicação atua em dois hormônios intestinais, o GIP e o GLP-1, promovendo maior controle da insulina e do açúcar no sangue.
A obesidade atinge mais de 40 milhões de brasileiros e pode causar mais de 200 complicações à saúde, incluindo aumento expressivo nos riscos de diabetes, doenças cardíacas e hipertensão. Segundo Luiz Magno, diretor médico da Lilly do Brasil, a aprovação representa "uma nova alternativa eficaz para quem convive com a obesidade e busca tratamentos mais modernos e seguros".
A resolução foi publicada no Diário Oficial da União e passa a valer imediatamente.