![]() |
Geddel Vieira Lima (MDB) e Márcio Marinho
(Republicanos) lideranças dos partidos. |
A possível criação de uma federação entre o MDB e o Republicanos na Bahia já movimenta os bastidores políticos do estado, mesmo em fase inicial de discussões. A articulação mira as eleições de 2026 e busca alinhar partidos com afinidades programáticas e estratégicas, dentro do contexto de fortalecimento de alianças em nível estadual e nacional.
Em meio às conversas, lideranças do MDB sinalizam que a legenda pretende ter papel de destaque caso a federação se concretize. O presidente estadual da sigla, Jayme Vieira Lima, afirmou nesta terça-feira (3) que o partido não abre mão de protagonismo na condução do projeto no estado.
“Estamos dialogando com partidos que tenham identidade com nossas pautas e objetivos no Congresso. Não há definição sobre presidência de federação, mas é preciso equilíbrio político”, disse.
A fala do dirigente reflete o posicionamento do MDB baiano como força consolidada na base aliada do governador Jerônimo Rodrigues (PT). O partido ocupa a vice-governadoria com Geraldo Júnior e tem manifestado apoio à reeleição da atual chapa majoritária. Jayme Vieira Lima reafirmou que o MDB mantém o interesse na permanência do vice na composição futura do governo. “A vice é do MDB e é por ela que vamos trabalhar”, reforçou.
Nos bastidores, a possível federação tem sido vista como uma resposta à fragmentação partidária e um instrumento para fortalecer a governabilidade e o alinhamento programático das legendas. Embora ainda sem definições formais, o debate sobre liderança e estrutura da federação tende a se intensificar à medida que o cenário eleitoral de 2026 se desenha.
A tendência é que os próximos meses sejam decisivos para a consolidação da proposta. A expectativa é de que o diálogo avance não apenas em torno de cargos ou controle político, mas também na construção de uma agenda comum que reflita os interesses dos eleitores baianos e as prioridades da base governista.